• Literatura descomplicada

    Fluxo de consciência, monólogo interior, escrita automática e discurso indireto livre

    Você já ouviu falar em alguma dessas técnicas literárias aí do título? Provavelmente sim, e como sei que o tal do fluxo de consciência provoca muita confusão entre os leitores, vamos falar sobre ele e sobre outros conceitos que podem se confundir entre si. Mas antes de começarmos, como sempre falo por aqui, é necessário que você saiba que a literatura não é uma ciência exata, portanto todos esses conceitos são flexíveis e para fins de estudo, ok?! Monólogo interior Monólogo é o texto que representa a fala de apenas uma pessoa. Quando essa pessoa organiza suas ideias a fim de transformá-las num texto ou fala compreensíveis, chamamos de solilóquio.…

  • Literatura descomplicada

    Sobre foco narrativo e a importância do narrador

    Tema de extrema importância na teoria literária, o ponto de vista pelo qual um história é contada denomina-se foco narrativo. Esse poderá ser em primeira, segunda ou terceira pessoa, ou até mesmo uma combinação de todos eles. O narrador, por sua vez, pode ser tanto um personagem do texto ou alguém de fora, às vezes até mesmo o próprio autor. E qual é a importância disso pra história? A resposta à esse questionamento é algo que, não raro, deixamos passar sem uma reflexão mais profunda. Tendemos a pensar: o narrador é importante porque conta os fatos. Okay, isso é óbvio, mas não deveríamos parar por aí. Sou do time que…

  • Literatura descomplicada

    Sobre romances de formação e motivos para conhecê-los

    Desde que descobri minha paixão pelos clássicos ingleses, passei a observar que muitos deles seguem uma forma narrativa denominada de bildungsroman, ou simplesmente “romance de formação”. Mas, como você pode observar pelo termo original, esse estilo não surgiu na Inglaterra e sim na Alemanha, cunhado pelo professor de filologia clássica Karl Morgenstern. Mais tarde o próprio filólogo associou o termo à obra de Goethe, Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister, considerado, desde então, o primeiro romance de formação da história. Basicamente, esse tipo de narrativa acompanha a jornada de vida do protagonista da história desde a infância ou adolescência até a maturidade, mostrando seu desenvolvimento psicológico, moral, social, espiritual…