Listas

6 autores que marcaram minha vida

Todos nós, leitores, vez ou outra nos deparamos com autores que parecem falar diretamente ao nosso coração. Não me refiro aqui àqueles que apenas escreveram obras que gostamos muito, mas sim aos que mudaram algo dentro de nós. Esses a gente conta nos dedos…

E é sobre eles que falo com você hoje! A lista que apresento a seguir é um apanhado, em ordem cronológica, de como determinados autores me transformaram enquanto leitora, me fazendo até mesmo enxergar novas possibilidades dentro da literatura.

Aproveito para recomendá-los, quem sabe eles marquem sua vida da mesma forma que marcaram a minha.

1. Machado de Assis

Li Machado quando tinha cerca de 12 anos, a pedido de uma professora. O livro foi Dom Casmurro e fui uma das poucas da turma que gostou. Nessa época eu já tinha um contato bastante íntimo com os livros, pois mesmo antes de saber ler eu já vivia cercada por eles e meus pais liam para mim. Mas achei incrível ler meu primeiro livro “de adulto” e fiquei crente que tinha entendido a história! Hoje sei que não entendi, mas na época senti um poder tão grande que fui correndo buscar por outro livro do autor, e acabei lendo Memórias Póstumas em seguida. Ou seja, eu fui uma das raras crianças de 12 anos que não ficou traumatizada pelas leituras obrigatórias da escola.

2. J. K. Rowling

Sim, é um clichê, mas Rowling e seu Harry Potter me fizeram criar raízes de forma definitiva no mundo da literatura. Eu sempre gostei de ler, desde que me entendo por gente, portanto não fui “convertida” pela saga do bruxo, como sei que aconteceu com muitos. Mas meu amor pelos livros só fez aumentar a partir da leitura dessa história, sobretudo quando passei por um momento difícil e foi uma fala de Dumbledore que me mostrou um caminho. Pois é, às vezes nós subestimamos o poder da literatura, mas ela pode mudar vidas, definitivamente!

3. George R. R. Martin

As Crônicas de Gelo e Fogo representa um outro ponto de virada em minha vida de leitora. Comecei a ler antes da série da HBO e esperava uma trama mais focada na fantasia mas encontrei o foco na política e… Amei! Além de descobrir uma outra vertente da literatura que me agradava, a narrativa adulta me conquistou completamente. A partir daí comecei a ficar mais exigente com os livros que lia. Percebi que as histórias mais juvenis não me representavam mais pois minhas experiências já não eram similares às dos personagens adolescentes desses livros. Depois de Gelo e Fogo, já li boa parte dos livros do autor e nenhum deles me decepcionou.

4. George Orwell

Adentrei no mundo dos clássicos através de 1984, uma distopia com uma sinopse interessante o bastante para me prender a uma narrativa que eu sabia que seria diferente das que eu estava acostumada. Apesar de, no início, sentir o peso de uma escrita mais complexa, me interessei pela trama e fui mergulhando aos poucos nela. Quando vi, já estava apaixonada por Orwell. Nunca tive preconceito com os clássicos porque, como falei, as leituras da escola não me traumatizaram. Mesmo assim, depois de Harry Potter acabei optando por livros mais leves e divertidos e quando li 1984 percebi que o que eu buscava, de fato, na literatura, eram reflexões mais complexas.

5. Irmãs Brontë

Foi há poucos anos atrás que conheci as mulheres da minha vida: as Brontë! Eu sou completamente apaixonada por elas, a ponto de me aprofundar em todos os aspectos de suas vidas e de suas obras. Dedico muitas de minhas horas a estudá-las e cada dia me vejo mais encantada. As conheci através de Emily e seu Morro dos Ventos Uivantes, e foi arrebatador, amor à primeira vista mesmo. Corri para conhecer as outras duas irmãs e Jane Eyre, de Charlotte, se tornou meu livro preferido da vida. Anne foi a última que li mas amei da mesma forma. Hoje, digo com toda certeza e orgulho que pretendo, sim, me tornar uma especialista em irmãs Brontë.

6. Fiódor Dostoiévski

O último ponto de virada em minha vida literária, e também o mais recente, foi a leitura de Crime e Castigo. Dostoiévski é um daqueles autores tão respeitados que nos causam um certo medo. Será que eu vou entender? Será que eu consigo dar conta de sua narrativa? E eu não só dei conta e entendi o que era possível para uma primeira leitura (tanto porque, como diz Calvino, as interpretações de um clássico nunca se esgotam) como quero ler tudo o que o russo escreveu. Dostô foi daqueles autores que me deixaram orgulhosa, querendo contar para todo mundo que eu tinha lido um livro dele. Pode parecer bobeira, mas Crime e Castigo me mostrou que não existe livro impossível. Pode existir livro que eu não goste, mas eu consigo sim, ler qualquer coisa. E você também.

 

     

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