Listas

10 livros preferidos da vida

Durante minha vida de leitora, que é praticamente minha vida inteira, tive a felicidade de me deparar com obras maravilhosas. Livros que me divertiram na infância, livros que me empolgaram na juventude, livros que me fizeram despertar pra beleza dos clássicos na fase adulta e livros que me ensinaram – e vão continuar ensinando – muito em todas as fases da vida.

Se você é um leitor inveterado, assim como eu, sabe que é difícil escolher apenas 10 livros como favoritos da vida, tanto porque quanto mais pensamos em tudo o que já lemos, mais títulos temos vontade de adicionar em nossa lista. Mas, como hoje é um dia muito especial, a estreia do canal do MSL no YouTube, resolvi resumir minhas preferências literárias como uma forma de me apresentar nessa nova plataforma.

Tenham em mente que essa lista não será calcada em questões técnicas, mas é apenas uma reunião de obras que me deixaram completamente encantada e reforçaram o amor que tenho pela literatura. Os livros não estão organizados por ordem de preferência.

1. O Morro dos Ventos Uivantes

Foi através desse livro que conheci a primeira Brontë que me encantou: Emily. O Morro dos Ventos Uivantes conta a história de Catherine e Heathcliff, um garoto acolhido para viver com a família dela. Ambos se conhecem crianças e formam laços muito fortes que se transformam num amor doentio e cruel, capaz de ultrapassar até os limites da vida. O que mais me encantou nessa obra foi a quebra de expectativas. A narrativa sombria não era, de forma alguma, o que eu esperava de um livro escrito no século XIX e por uma mulher. Simplesmente arrebatador.

2. Jane Eyre

Se Emily foi minha primeira Brontë, Charlotte é a mais querida. O romance de formação Jane Eyre traz uma órfã que vai viver com os tios, depois vai morar num colégio interno e em seguida passa a trabalhar como preceptora para famílias abastadas. E o que tem em comum nessas circunstâncias é que todas elas causam algum tipo de sofrimento para a personagem. Acompanhar sua trajetória não é fácil, mas não são só sentimentos de revolta e tristeza que nos guiam nessa história. Há também reviravoltas interessantíssimas e até um quê de gótico em parte do texto maravilhoso da mais velha das Brontë.

3. Harry Potter

Um bebê que ao ser protegido pela mãe ricocheteia um feitiço mortal no maior bruxo das trevas de todos os tempos, o transformando numa criatura quase sem poderes. Depois de anos, o bruxo começa a reunir suas forças novamente e parte em busca do menino que sobreviveu e que agora estuda numa escola de magia chamada Hogwarts. Mesmo quem nunca leu os livros ou assistiu aos filmes, conhece a trama de Harry Potter, e essa fama é mais do que merecida porque a história de J. K. Rowling revolucionou o mercado editorial e trouxe muitas crianças e jovens para o mundo da literatura. Mas se você quer saber por que essa saga é tão especial pra mim, leia isso e isso. Ah, e leia HP também!

4. Quincas Borba

Meu escritor nacional preferido é Machado de Assis. Ele é meu herói, é o símbolo do que o esforço, a coragem e o trabalho podem fazer por você. Fico triste quando vejo leitores rotulando seus livros de “chatos” porque, por mais que você não se identifique com a narrativa machadiana, há que se respeitar a história do autor e tomar cuidado ao se referir a um dos maiores gênios do nosso país. Quincas Borba é meu preferido pelas lições que traz, pelos sentimentos que desperta e por se passar, em parte, na cidade onde nasci. Pra mim, essa é também a obra mais fluida do autor e por isso a que mais indico para quem quer começar a ler Machado.

5. Crime e Castigo

Confesso que morria de medo de ler Dostoiévski e quis começar logo por um de seus grandes romances pra sentir logo o drama. Amei! É certo que a narrativa não é a mais fluida e clara que você vai encontrar, mas quando pegamos o jeito do autor e quando vamos nos aprofundando nos personagens, não dá vontade largar. A trama gira em torno do dilema psicológico de Raskólnikov depois que ele comete um crime, e a forma com que esse impasse emocional vai sendo tratado é verossímil e muito angustiante. Fabuloso, esse livro me provou que o russo era realmente um mestre das palavras.

6. As Crônicas de Gelo e Fogo

É perigoso colocar entre seus favoritos uma história que ainda não foi terminada, ainda mais com a decepção (pelo menos, pra mim) que foi o fim da série de TV que a adaptou. Mas a escrita de George R. R. Martin é tão incrível que me faz ter fé que a disputa pelo Trono de Ferro acabará de forma satisfatória nos livros. São cinco calhamaços até o momento, e todos me prenderam completamente, me divertiram e me deixaram viciada nesse universo. Costumo dizer que o autor conseguiu escrever a trama política com pitadas de fantasia perfeita, sem defeitos! Mal posso esperar pelo sexto livro…

7. 1984

George Orwell foi um dos primeiros autores clássicos que li e logo de cara me encantei pela escrita objetiva e cativante de 1984. O tema, em si, já desperta o interesse do leitor, mas a forma com que ele desenvolve o enredo é magistral, nos inserindo naquele mundo distópico a ponto de fazer com que sintamos a verdade daquele lugar, daquelas regras, além do perigo de afrontar o sistema. Essa é uma excelente opção para quem quer adentrar o mundo dos clássicos mas busca uma narrativa de fácil entendimento mas que não deixa de ser rica e muito bem trabalhada.

8. A Metamorfose

Kafka é um autor particular, portanto suas histórias também são particulares. A Metamorfose trata de um homem que se vê transformado num inseto monstruoso e por isso perde totalmente seu valor. O motivo pelo qual gosto tanto dessa obra vai muito além da estranheza que ela causa, mas reside na discussão proposta. Gregor, o protagonista, era o provedor da família e por isso era amado e valorizado. A partir do momento em que ele vira um “peso”, o amor se esvai, se transforma em pena, passa pela repulsa até chegar à completa indiferença. Trazer isso para nossa realidade e verificar como as relações podem ser superficiais ou apenas por interesse é assustador. É um livro curto mas com muito significado!

9. Lolita

“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne”. A obra de Nabokov não precisou nem de um parágrafo inteiro para me conquistar. Na verdade, a trajetória de H.H. e sua relação doentia com uma criança, fez mais que isso: me arrebatou, tanto no sentido de me deixar completamente apaixonada pela escrita do autor quanto no sentido de tirar de mim, contra a minha vontade, uma certa simpatia por um pedófilo. Como Valdimir Nabokov conseguiu isso? Com talento e competência. A leitura de Lolita foi uma confusão de sentimentos e reações, uma experiência inesquecível. Que livro!

10. O Nome do Vento

Eu amo fantasias, desde sempre e tenho certeza que sempre vou amá-las. A diferença é que hoje gosto daquelas mais adultas, e um exemplo perfeito disso é meu amor por O Nome do Vento. Na verdade, esse é o primeiro volume de uma trilogia que irá contar a história devida de Kvothe, um jovem que estuda magia, porém de uma forma diferente da que costuma ser apresentada nesse gênero, mais como uma ciência do que como algo sobrenatural. Kvothe é um narrador espetacular, envolvente e que por isso nos leva na direção que quiser. Nós não questionamos, apenas os seguimos em suas aventuras e não  queremos sair daquele mundo nunca mais. O terceiro volume está demorando anos para chegar, mas com certeza a espera vai valer a pena.

    

    

4 Comentários

  • Raquel

    Fiquei feliz que só não li o número 10. Mas vou procurar, gostei dos seus preferidos, muitos são meus também.

  • Rudi

    Oi Milly,
    Assim que chegar em casa já vou atrás desse seu canal, da sua lista eu só li um 😡
    Mas compartilho do seu amor por ele, inclusive, você viu (tenho certeza que sim mas né, me deixa comentar…)a edição especial de 10 anos? *.* Eu quero!!!
    Realmente o terceiro volume está demorando muito para sair, fiquei em uma fissura lascada quando terminei o primeiro e só fui conseguir o segundo volume mais de ano depois, se não me engano, aí vi que conseguia sobreviver sem ler logo em seguida e estou economizando ele para quando chegar o terceiro eu reler o primeiro e ler os demais, mas as vezes ainda acordo pela manhã e penso:
    “que vontade de continuar dormindo, será que se eu jogar na loteria eu ganho? Que galo barulhento… que raios é o Bast?!!?”

    Enfim, grande abraço pra ti

    • Michelly Santos

      Coloquei o link no início do post, Rudi, tinha esquecido!
      No vídeo lá eu citei alguém que não gosta de fantasia e gostou de O Nome do Vento, adivinha quem é?! kkkkkkkkkkk
      E não se sinta sozinho, eu também me pego pensando vez ou outra: QUE RAIOS É O BAST??? 😉
      Beijão!

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