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8 histórias sinistras sobre escritores

Ao longo do séculos, escritores do mundo todo vem nos encantando com histórias emocionantes, surpreendentes e criativas, mas o que poucos sabem é que muitos desses autores viveram situações que parecem “coisa de livro”. No clima do mês do horror, conheçam agora 8 fatos sinistros na vida de alguns desses aclamados autores.

1. O destino trágico da família Brontë

A história da família Brontë é marcada por mortes trágicas e prematuras. A mãe, Maria Branwell, morreu de câncer antes de sua filha mais nova, Anne, completar 2 anos. Poucos anos depois, suas duas filhas mais velhas morreram de tuberculose, uma com 11 e outra com 10 anos. Mas a vida de pelo menos três dos quatro irmãos que sobraram, também não seria muito longa: Patrick morreu aos 31 anos graças a seu vício por bebidas e láudano; Emily morreu três meses depois, com 30 anos; e Anne morreu no ano seguinte, com 29. Charlotte sobreviveu um pouco mais, vindo a falecer em 1855, aos 38 anos, grávida de seu primeiro filho. Oficialmente, a tuberculose foi a causa da morte das três irmãs escritoras, mas há suspeitas de que Charlotte padeceu devido à complicações relacionadas à gravidez.

2. A fuga de Agatha Christie

Em 1926, o marido de Agatha, Archibald Christie, pediu o divórcio ao confessar que estava apaixonado por outra mulher. Quando ele viajou para passar o fim de semana com amigos, a autora abandonou sua casa sem dar explicações e desapareceu por 11 dias. Seu carro foi encontrado com os faróis acessos e todos os pertences dentro. As buscas foram intensas, envolvendo 500 policiais, aviões, cães e chegando a ser oferecida uma recompensa para quem trouxesse informações. Até Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, participou do caso levando uma luva da escritora para que uma médium buscasse ajuda com os espíritos. No fim, Agatha foi reconhecida em um hotel, mas até hoje não se sabe se a fuga ocorreu de forma arquitetada, para prejudicar o marido, ou se ela realmente ficou desorientada com a frustração no relacionamento.

3. O possível envenenamento de Jane Austen

Oficialmente, é aceito que a causa da morte de Austen, aos 41 anos, foi o que é hoje conhecida como Doença de Addison, um distúrbio no qual as glândulas adrenais não produzem hormônios suficientes. Mas recentemente surgiu uma outra hipótese, levantada por cientistas durante análise dos óculos da autora. Eles perceberam que o grau das lentes variavam muito além do normal, o que é corroborado por cartas onde Jane reclamava de problemas de visão. Tendo excluído a possibilidade de diabetes, eles chegaram à conclusão que ela pode ter sido acometida de catarata causada por envenenamento acidental por algum metal pesado, já que esse tipo de material era comum em remédios, na água e até em papeis de parede daquela época.

4. O desaparecimento de Antoine de Saint-Exupéry

Em 1944, Saint-Exupéry partiu da ilha de Córsega em um voo de reconhecimento em direção à Lyon. Ele estava a bordo do caça Lockheed Lightning P-38 e nunca mais voltou. Desde então várias teorias foram cogitadas, como a que ele teria perdido o controle do avião ou até mesmo cometido suicídio. Mas a hipótese mais aceita sempre foi a de que o avião do autor tivesse sido abatido pelos alemães, o que ganhou força quando, em 2003, foram encontrados destroços do que seria o avião de Saint-Exupéry. Em 2006, entra em cena um personagem muito importante: Horst Rippert. O ex-piloto alemão afirmou que derrubou o avião do escritor, de quem era fã e ficou arrasado ao descobrir que havia matado seu ídolo. Apesar da certeza de Rippert, não existem documentos que comprovem a veracidade do fato, mas tudo indica que o mistério foi desvendado.

5. A descoberta científica de Machado de Assis

Em um de seus contos, O Anjo Rafael, Machado de Assis retrata uma doença psiquiátrica contagiosa ao descrever uma filha que enlouquece graças ao contato com a loucura do próprio pai. O autor também coloca como solução do problema o afastamento entre a pessoa saudável e a doente. Essa doença é conhecida como Folie a Deux, mas ela só foi realmente diagnosticada anos depois da publicação do conto. Ou seja, o escritor não só “descobriu” um distúrbio psicológico como também desvendou sua cura.

6. O atropelamento de Stephen King

Em 1999, o autor foi atropelado por uma van enquanto caminhava perto de sua casa, no Maine, ficando em estado gravíssimo. King tinha 51 anos na época e foi lançado a 4 metros de distância, tendo além de inúmeras fraturas, o quadril deslocado e um dos pulmões perfurados. Os médicos chegaram a pensar na possibilidade de amputar uma das pernas do escritor, que passou por 5 cirurgias em 10 dias. O acidente aconteceu porque o motorista se distraiu com seu cão que estava dentro do veículo. King pensou em parar de escrever devido às sequelas que tornavam muito doloroso que ele permanecesse sentado por longos períodos, mas felizmente acabou se recuperando e retomou sua carreira.

7. O exílio de Fiódor Dostoiévski

Em 1849, Dostoiévski foi preso sob a acusação de conspirar contra o Czar Nicolau I, onde permaneceu por meses até o anúncio de sua sentença de morte por fuzilamento. No dia marcado, o escritor foi levado ao lugar da execução junto de um grupo de outros condenados, sendo que três deles chegaram a ser amarrados aos postes diante do pelotão. Entretanto, minutos antes do cumprimento da sentença chegou uma ordem do Czar para que a pena fosse alterada para trabalhos forçados no exílio. Acontece que essa ordem havia sido assinada dias antes, mas Nicolau quis dar esse susto a mais nos condenados. Dostoiévski partiu, então, para o exílio na Sibéria na noite de Natal.

8. A morte misteriosa de Edgar Allan Poe

Um dos gênios da literatura, Poe foi encontrado vagando desnorteado por Baltimore no dia 03 de outubro de 1949 e levado a um hospital. Lá ele permaneceu por três dias em estado exaltado e delirante, falando sem coerência. Morreu no dia 07 de outubro, sem recobrar a lucidez e deixando o mistério acerca do que teria acontecido naqueles dias obscuros que antecederam sua morte. Não bastasse isso, o pior rival de Poe, Rufus Wilmot Griswold, foi o responsável por escrever seu obituário, onde descreveu o autor como um alcoólatra abusador de mulheres e escondeu sua identidade assinando com um pseudônimo. Esse mesmo homem escreveu uma biografia de Poe utilizando documentos falsos para criar uma imagem negativa do mestre do terror.

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