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6 autores que conheci em 2018

A literatura é uma arte que nunca se esgota. Por mais que você consiga ler uma quantidade incrível de livros durante a vida, pode estar certo de que não haverá tempo para conhecer tudo o que já foi produzido mundo afora. Por isso é tão bom quando conhecemos autores que nos deixam com o sentimento de que o tempo que passamos em sua companhia foi extremamente proveitoso e bem gasto.

Por vezes acontece de nem gostarmos tanto assim da trama ou da narrativa, mas certos escritores, por si só, representam um importante aprendizado para os leitores. Conhecer a escrita de grandes mestres como Dostoiévski ou nosso Machado é essencial para fazer com que você entenda, de fato, o que justifica a literatura como arte.

Pensando nisso, todos os anos faço um apanhado dos grandes nomes que conheci e percebo que quanto mais me arrisco em suas obras, fico mais apaixonada e mais certa de que a literatura liberta, de todas as formas possíveis. Pois hoje, para te incentivar, venho trazer 6 autores necessários ao repertório de todo leitor e que conheci em 2018.

1. Stendhal

Quando falamos em Stendhal, logo pensamos em sua magnum opus, O Vermelho e o Negro. Contanto, eu queria conhecê-lo por algo menos ambicioso, se é que isso é possível quando falamos do francês, por isso escolhi Armance, um livro relativamente curto mas com uma narrativa rebuscada e bastante original. Finalmente entendi o que os críticos chamam de “estilo seco” quando falam de Stendhal, o que dificultou um pouco a leitura. Mas, por mais complexo que tenha sido, o fato de poder dizer que já li algo do autor vale por si só. Agora é criar coragem para encarar sua obra-prima.

2. Margaret Atwood

Atwood é uma canadense premiada, responsável pela distopia mais badalada dos últimos tempos, O Conto da Aia. Apesar de ter os holofotes voltados para si em 2017, graças à estreia da série adaptada de seu livro mais famoso, Margaret já era a romancista mais importante de seu país antes mesmo da publicação da história das aias, em 1985. E o livro pelo qual conheci seu estilo foi exatamente esse, como não poderia deixar de ser. Gostei tanto que a obra entrou para o rol de preferidos do ano passado.

3. Nikolai Gógol

Verdade seja dita, os russos têm seu charme. Por mais que haja uma disputa sobre a nacionalidade de Gógol (que nasceu no Império Russo, onde hoje situa-se a Ucrânia), é certo que suas narrativas trazem as características típicas da literatura russa. Diálogos exagerados, parágrafos gigantescos e situações absurdas podem até causar um certo estranhamento no lado de cá do globo, mas que o autor é genial, isso é. A obra que ficou responsável por me apresentar o famoso escritor foi uma antologia de contos da Editora 34 chamada O Capote e Outras Histórias. Com certeza lerei sua obra-prima, Almas Mortas, assim que puder.

4. Mario Vargas Llosa

Llosa foi simplesmente a grande descoberta de 2018. Há muito queria ler algo do peruano e finalmente me decidi por A Festa do Bode, que não poderia ter sido uma escolha melhor. Além de ser um dos autores mais renomados da América Latina, ao lado de nomes como Gabriel García Márquez, Mario já foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, em 2010, e traz consigo uma biografia muito interessante, a qual exerce forte influência em seus textos. Para que você tenha uma ideia do quanto me identifiquei com esse escritor, o romance pelo qual o conheci não foi apenas um dos melhores do ano passado, mas sim o melhor. Disparado.

5. Thomas Mann

Confesso que eu tinha um pouco de receio de ler Thomas Mann. Sempre ouvi falar sobre a dificuldade de seus textos e de seu estilo prolixo, o que é verdade, mas ao contrário do que pensava, passa longe de ser algo ruim. A prova disso é que li dois livros do autor no ano passado, mas meu primeiro contato com o alemão foi através de duas novelas reunidas em uma edição belíssima da Cia da Letras, A Morte em Veneza e Tonio Kröger. Depois li seu primeiro romance, Os Buddenbrook, o qual admito que gostei bem mais. Inclusive, se você está pensando em começar a ler Mann, sugiro que comece por esse romance.

6. H. P. Lovecraft

Desde que decidi conhecer os grandes mestres do horror, Lovecraft era um dos que mais despertavam meu interesse. Não sei o motivo, mas sempre liguei ele a Poe, o que percebi ser um erro pois ambos possuem características bastante diferentes. Particularmente, prefiro Poe, o que não quer dizer que não tenha gostado do americano. O livro pelo qual conheci sua escrita é uma coletânea de contos que faz parte da coleção Medo Clássico, editada pela Darkside. O livro, em si, é lindo, e enquanto não me identifiquei com alguns contos, outros realmente chamaram minha atenção.

 

     

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