4 personagens aterrorizantes que não estão em livros de terror

No decorrer de nossas experiências literárias nos deparamos com personagens que nos causam as mais variadas sensações, sendo uma delas o medo. E a literatura é tão rica e diversificada que nem sempre isso acontece em narrativas focadas no terror ou no sobrenatural, sendo até mais assustador quando esses personagens odiosos são realistas e podem ser facilmente encaixados na sociedade contemporânea. Quer alguns exemplos? Então aí vai…

1. Grande Irmão (1984)

Orwell apresenta, em sua obra-prima, um líder totalitário que domina uma sociedade sem liberdade nenhuma, reescreve a história conforme seus interesses e pratica as maiores atrocidades pelo bem do Partido. E se alguém discorda da “bondade” do Grande Irmão, é perseguido e punido. Nessa distopia a população tem o direito a ter uma única opinião, coibindo o desenvolvimento do raciocínio crítico e usando a doutrinação ideológica como forma de controle social.

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2. Mr. Huntingdon (A Senhora de Wildfell Hall)

Arthur Huntingdon é o que podemos chamar de o vilão de A Senhora de Wildfell Hall. O marido de Helen é irresponsável, leva uma vida desregrada, alcoólatra e extremamente voluntarioso. A parte aterrorizante de sua personalidade fica por conta da forma vil que trata sua esposa, como se ela existisse apenas para servi-lo e diverti-lo. Não foram raras as vezes que, durante a narrativa, temi pela integridade física de Helen, mas só a tortura psicológica que ele pratica já é motivo suficiente para temer e odiar Arthur.

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3. Humbert Humbert (Lolita)

O que dizer de um homem que persegue e chega a contribuir para a morte da mãe de uma criança porque se diz apaixonado por ela?! É angustiante acompanhar toda a jornada de Lolita, principalmente as cenas onde H. H. dopa a menina para abusar dela. Esse é o típico vilão que acredita piamente não estar fazendo nada de errado, afinal, em sua mente perturbada, Lolita também o ama. Nojento, inadmissível e aterrorizante.

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4. Rafael Leonidas Trujillo Molina (A Festa do Bode)

Ditadores são aterrorizantes e não seria diferente com Trujillo. Fica pior quando pensamos que esse homem existiu e espalhou medo e morte na República Dominicana de verdade. No livro de Vargas Llosa acompanhamos alguns pontos de vista, sendo um deles o do ditador. Observar parte do povo tratar um governante corrompido como um ser quase supremo, ignorando todas as suas flagrantes falhas, chega a causar mais medo até do que do próprio ditador, sobretudo quando percebemos que isso não é apenas “coisa de livro”.

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